Ela, que era a controladora, agora estava dominada. Dominada não por gente, mas por uma espécie de sentimento misturado com desejo, mas com muito desejo!
Não era nada como antes e ela simplesmente não sabia o porquê. Claro, se a gente soubesse os porquês de tudo seria muito sem graça viver.
Pois então, ela não fazia idéia do porquê de tudo aquilo, mas confiava que tudo ia dar certo e que as coisas iam ser levadas da forma que devia ser, não da forma que ela desejasse. Mas isso era o que desejava seu coração e então como saber se estava entregando sua vida às vontades divinas ou às suas próprias?
A sensação era muito nova para ela e medos surgiam como enxame de abelhas que aparece nas horas em que se menos espera. Onde tinha ido parar a pessoa auto-confiante, forte e dominante? Ela se perguntava.
Deparava-se com a impulsividade e os instintos passavam a ser mais fortes que sua razão. Ela não sabia, ela, talvez, nem quisesse saber, mas de vez em raro parava se perguntando.
Coisas mais loucas que acontece com a gente nesse mundo...Ela pensava todos os dias.
Mas o melhor de tudo era ver a felicidade sempre nos olhos dela, uma alegria tão incomum, tão boa. E pensar que, um dia, ela chegou a imaginar que nunca viveria aquilo...
Realmente há tempo para tudo nessa vida e o tempo pra ela viver aquilo acabava de chegar...Restava apenas aproveitar...